Esse é o sétimo artigo da série chamada “Como escolher cores na Arquitetura”, dessa vez falaremos um pouco sobre a cor Marrom na arquitetura. Para seguir com a leitura é interessante conhecer os outros textos. Se você não quiser fazer isso agora, não tem problema.
Introdução
Nos artigos anteriores nós explicamos como as cores influenciam nossas emoções e comportamento dentro dos ambientes.
Nós também explicamos como o corpo humano percebe as cores de maneira única, ninguém vê o mesmo tom de cor que você. Esse é o motivo de termos códigos para definir as cores e facilitar seu reconhecimento.
A série “Como escolher cores na Arquitetura” foi escrita com base no livro:
A Psicologia das cores: Como as cores afetam a emoção e a Razão da autora alemã Eva Heller.

Marrom
Madeira, areia, terra, barro, couro, tecidos, folhas e café. Misture verde e vermelho que o marrom aparece, essa cor remete a natureza, ao antigo, ao rústico e ao outono.
Na arquitetura essa cor e seus tons estão presentes nas construções mais vernaculares, podemos encontrá-la nas cabanas de madeira, nas casas de taipa, nos blocos de adobe e até mesmo em pedras e tijolos.
Antigamente, a terra e a pedra eram os principais insumos nas edificações, se voltarmos para civilizações antigas como o Antigo Egito, Mesopotâmia, Vikings e alguns Povos Indígenas, podemos ver como o marrom e as cores pastéis estão presentes em sua arquitetura.
Mesmo hoje é possível encontrar construções que ainda são realizadas com esses materiais, sobretudo em áreas mais interioranas. Já dizia Hassan Fathy quando pensou em Nova Gourna “Devemos valorizar os materiais locais e saberes locais na construção da arquitetura”
Aqui no Brasil encontramos os materiais representantes dessa cor nas palafitas, nas casas do sertão, na campina do sertanejo, nas ocas dos índios e na autoconstrução nas periferias das grandes metrópoles.
Em interiores
No que diz respeito ao design de interiores o marrom nos trás possibilidades interessantes, pois ao contrário do preto que tende a combinar com tudo, a função do marrom é “neutralizar e potencializar” as outras cores.
Se perto de tons avermelhados ele vai remeter a uma sensação de aquecimento, junto ao azul ou branco vai “esfriar” o espaço, próximo a uma cor escura ele deixa o ambiente mais carregado e se está junto ao branco dá uma impressão de serenidade e seriedade.
O marrom em interiores pode remeter tanto ao rústico quanto ao refinado, tudo vai depender de como os acabamentos são empregados e quais cores vão ser suas complementares.
Cozinhas, salas e espaços de descanso geralmente são os ambientes mais indicados para o uso do marrom, a presença forte das texturas encontradas nos materiais que levam essa cor podem e devem ser consideradas na hora do projeto. Há quem diga que alguns tons mais neutros do marrom nunca saem de moda.
Esse artigo faz parte de uma série sobre cores no design de interiores que originalmente foi pensada para ser 6 textos, mas para evitar conteúdos muito extensos optamos por separar algumas cores que seriam apresentadas juntas como foi o caso do Ouro, Prata, Marrom e Cinza.
Vocês acabaram de ler a sétima publicação, no próximo artigo encerraremos a série com o Cinza. O material foi dividido para que a leitura fosse fácil e dinâmica de modo a não tomar muito do seu tempo e ser de fácil consulta. O Habitamos agradece sua visita e nos acompanhe para saber mais sobre cores na arquitetura.
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Se precisar citar esse artigo em algum trabalho de acadêmico utilize:
LOBO, Diego Augusto. Como escolher cores na Arquitetura: Marrom. Habitamos, 2020. Disponível em: <http://www.habitamos.com.br/como-escolher-cores-na-arquitetura-marrom/>. Acesso em: “colocar data aqui”.